domingo, 26 de julho de 2020

O Que Seria do Rock sem o Visual de Léo Canhoto?


O título do texto seria cômico se eu não abordasse o fato de que Léo Canhoto realmente usou e abusou de artifícios do rock na música caipira. O sertanejo que invertia as cordas do violão para tocá-lo com a mão esquerda se foi e, com ele, parte do pioneirismo e humor que carregava em demasia a música que fazia junto com Robertinho.

Se você gosta de filmes do gênero "Faroeste", certamente se sente dentro de um ao ouvir os discos de Léo Canhoto & Robertinho. Cheio de alusões e referências às "cidades de um homem só", os álbuns da dupla se estruturavam em histórias envoltas do famoso Cinema Western praticado na terra do tio Sam e na Itália, como é o caso de O Homem Mau (1969) e Rock Bravo Chegou Para Matar (1970), os populares da discografia. Além disso, não bastasse tamanha criatividade, Léo Canhoto ainda inventou de introduzir, junto com Robertinho guitarra e teclados em suas composições, o que transformou-os em "hippies da música sertaneja", como ficaram conhecidos.

Para homenagear o cantor e compositor paulista, as caixas de som irão soar os acordes das músicas O Último Julgamento e Apartamento 37, minhas preferidas. Sim, Léo Canhoto escreveu músicas belas que caíram como uma luva na voz de outras duplas e que você talvez nem saiba que são dele. Mas a pergunta que martela na mente é aquela: o que seria do rock sem o ilustre visual de Léo Canhoto?

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