Peter Green era alma. Peter Green era feeling. O guitarrista inglês que um dia iniciava o Fleetwood Mac no fim dos anos 60, agora se prepara para uma fantástica jam lá em cima, junto com BB King, Gary Moore e tantos outros. E, se eu pudesse dar um adjetivo para o seu talento, seria "doce". Peter Green era natural.
Generoso como era, o nome do Fleetwood Mac foi criado por ele mesmo e, colocando o nome dos amigos e membros daquela formação inicial que fortemente carregava uma roupagem blueseira de primeira na banda, Peter poderia não saber, mas também colocava o seu nome para sempre no Hall da música. Para entender: Mick Fleetwood (bateria) e John McVie (baixo) davam nome à banda, mas não por conta deles.
A guitarra, instrumento símbolo do Rock 'n Roll, era tocado com muita naturalidade por Green e isso deixou BB King atônito: "foi o único que me fez suar frio", dizia. É de se imaginar, já que não havia filtros em sua bagagem musical e na sua maneira de tocar. Ele era o elo entre o blues e o Rock 'n Roll.
Seu tom distinto e seu timbre inigualável é uma dor de cabeça para quem quiser montar uma lista de grandes do Blues mas, é claro, sabemos que não precisamos disso. Sentir é o que podemos fazer. Sentir a música é o que vai fazer-nos bem. Peter Green faria a mesma coisa, como sempre fez. Pode ter certeza. Descanse em paz!
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